80% da experiência humana é filtrada através dos olhos e as marcas de sucesso sabem disso. As cores assumem um papel de grande relevância no design e comunicação visual das marcas. Uma marca sem identidade visual, é uma marca sem identidade.
No passado maio fomos até ao fantástico e muito colorido atelier da Joana Vasconcelos participar numa “talk” sobre a simbologia das cores. Inner Light & Outer Light: A Journey through the Colour Spectrum, com Pierre Van Obberghen, Chromotherapist, e a própria Joana, Artista Plástica. A experiência foi fantástica e a aprendizagem melhor ainda! Tudo o que nos envolve tem uma cor e nós temos uma associação emocional com cada uma delas. E se conseguirmos definir a nossa paleta de cores, poderemos definir a nossa vida!
De acordo com os registos históricos, as cores começaram a ser utilizadas pelos nossos ancestrais para atrair animais para caçar. Ao longo dos anos a sua utilização é muito evidente nas diferentes culturas e religiões. O primeiro a estudar as cores foi Aristóteles, que concluiu que as cores eram propriedade dos objetos, ou seja, da mesma maneira que os objetos tinham peso, matéria e textura, também tinham cores. Mas, entretanto, surge Da Vinci a dizer que as cores não eram propriedade dos objetos, mas sim da luz. Mais tarde, Isaac Newton publicou a sua teoria com base no resultado de várias experiências que vieram revolucionar os conceitos sobre a luz e as cores. Para Newton a luz era composta por corpos luminosos, que chegavam até aos olhos do observador e produziam a sensação de luminosidade: "Disso, portanto vem que a brancura é a cor usual da luz, pois a luz é um agregado confuso de raios dotados de todos os tipos de cores, como elas (as cores) são promiscuamente lançadas dos corpos luminosos."
Com o evoluir dos tempos, os conceitos teóricos sobre as cores começaram a casar com os aspetos psicológicos. Atualmente, as marcas de sucesso têm muito presente o poder das cores na sua estratégia de diferenciação e conexão com o seu público-alvo. E por isso, preocupam-se em construir a sua paleta de cores. Conhecem a nomenclatura das cores, as suas mensagens e significados, estudam as tendências e fazem pesquisas junto dos consumidores. Ou seja, preocupam-se com a identidade visual das suas marcas e reconhecem a sua importância em todo o processo.
Vejamos alguns exemplos:
As cadeias de fast food têm uma paleta de cores muito semelhante entre elas, utilizam muito amarelo e vermelho. E porquê? Porque são cores que transmitem ao nosso subconsciente a sensação de fome e com isso, a enorme vontade de comer!
Diz-se também que o vermelho é uma cor quente, representa energia, adrenalina e ousadia. Talvez a Coca-Cola tenha levado isso em consideração!
Já o azul é uma cor muito utilizada para transmitir confiança, segurança, harmonia e fidelidade. Possui um vasto leque de tonalidades e é considerada uma cor fria. Não é de estranhar que seja uma cor muito utilizada na saúde ou na indústria automóvel. Mas há mais, no logotipo do Facebook, do Linkedin e até do Twitter, quem reina é o azul!
Para quem trabalha identidade visual de marcas como nós, a cor é matéria prima! Conhecer a sua nomenclatura e simbologia pode ditar o sucesso de uma campanha. Cor e emoção andam de mãos dadas. É muito importante acompanhar as tendências.
Uma marca sem identidade visual, é uma marca sem identidade.
Boas cores!
Abraço,
Paula Ribeiro
Head of marketing and Communication at bloom up
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